quinta-feira, novembro 09, 2006

Conversas que desencadeiam reflexões (e vice-versa)

O ciúme é um tema que mesmo debatido e sobre ele reflectido vezes sem conta, continua a dar sempre que falar.
Para não correr o risco de me vir a repetir futuramente, decidi registar fragmentos que recolhi de duas situações tão semelhantes e ao mesmo tempo tão distintas, que em poucos dias conheci.
Que o ciúme é uma doença crónica do coração e da alma, penso estarmos todos de acordo, mas poucos são aqueles que o assumem como consequência do acto de amar. Achamos “morrer de amores” mas na verdade é o ciúme que nos “mói e vai matando por dentro” – e também a saudade mas esse é tema para outro post – é também o ciúme que, simultaneamente, destrói e fortalece relações, é ele que “queima” o nosso coração e é ele que nos faz lutar por quem amamos. Porém, é também culpa do ciúme o maior sofrimento de quem ama e não é amado, vendo o amor tão desejado correr numa direcção que não é a sua… e é responsabilidade dele o instinto de possessão que nasce no ser humano (que é o ciúme ao quadrado) e que faz morrer muitos passarinhos que não aguentam as grades das gaiolas…
Pedir o amor sem ciúme é como pedir rosas sem espinhos: há sempre algo de artificial no processo; aprender a dominar o ciúme é quase tão difícil como aprender a dominar o amor, qualquer um deles pode aumentar quando lhe apetece e aparecer sem se anunciar.
O ciúme é genético, nasce connosco e, quem afirma que nunca o sentiu memorize que ele é como as alergias: só as descobrimos em determinadas épocas da vida…

…e dão cá um comichão!