quinta-feira, novembro 30, 2006

Apetece-me que chegue o Natal (II)

Vinha hoje a pensar no porquê do meu espírito natalício ainda não ter surgido este ano e achava que o ano passado tinha chegado mais cedo; A verdade é que fui pesquisar e o post "Apetece-me que chegue o Natal" foi por mim escrito a 29 de Novembro em 2005 e este ano só vem com 1 dia de atraso...

De modo que o Natal chega HOJE aqui ao Gostos-e-Desgostos. Agora já só falta começar a escrever os pedidos ao senhor das barbas brancas...

segunda-feira, novembro 27, 2006

Desistir será solução?

É segunda-feira, aquele dia particularmente difícil...

Muito trabalho à espera no escritório, uma semana que promete ser de loucos, um trabalho para entregar no curso quarta-feira e paciência zero!
Oiço frequentemente dizer, ou nas minhas costas ou directamente, que "quem escolheu trabalhar em artes/teatro/ou essa coisa lá dos artistas fui eu", também me chegam aos ouvidos piropos do estilo "vocês das artes têm a mania que são uns coitadinhos", "queixam-se de não ter subsídios e vivem em grandes casas e têm grandes carros", "se tivessem um emprego a sério é que íam ver o que custa a vida" e por aí fora. A segunda resposta que me vem à cabeça (sim, porque a primeira é demasiado forte) é deveras complexa para ser traduzida. Às vezes limito-me a encolher os ombros (e a raiva) e rio-me para dentro (lá dizia a outra "Rio, rio, rio, rio para não chorar”). Mas penso em respostas e enumero-as na minha cabeça para continuar a acreditar nelas e em mim:
- Sim, escolhi trabalhar nesta “coisa” maravilhosa “dos artistas”
- Sim, sentimo-nos “coitadinhos” às vezes, se por “coitadinho” se entender “pessoa infeliz” como vem no dicionário. O que para alguém constantemente desempregado não é nada do outro mundo.
- Queríamos ter “grandes casas e grandes carros” mas no sentido lato da palavra “grande”. Uma casa grande onde pudéssemos ensaiar e qui ça ter a nossa sala de espectáculos e um carro grande onde transportar os adereços e cenografias das peças, sem ter de guardar uma fatia da fatia orçamental que nos é entregue para pagar a uma transportadora.
- Nós sabemos o que custa a vida e também sabemos que empregos “a sério” não existem. Quem nisso acredita, também deve acreditar que o Pai Natal cabe na sua chaminé (e passa pelos cabos do exaustor).

Hoje, no jornal “O Metro” vinha uma entrevista dada pela actriz Guida Maria, que até então não me dizia nada mas que, qual voz da minha alma, veio traduzir o sentimento que me custa engolir e que pode calar muitas bocas de quem se insurge contra as artes do espectáculo como se de um bicho se tratasse. A Guida não fala só do teatro, fala do país e faz do teatro reflexo do que se passa em Portugal…e fá-lo de forma tal que eu, das duas uma, ou não lhe acrescentaria nada ou não pararia de lhe acrescentar palavras…





A propósito do "Stôra Margarida",
peça em cena
no auditório do Casino Estoril.


Casas e grandes carros?

Idem

...talvez um dia melhore...não se sabe é quando!

Tenho dito.

sexta-feira, novembro 24, 2006

Há experiências...


...que não me importava de ver repetidas...

Esta é uma delas: ... lembram-se?

E tantas outras... enfim... hoje deu-me para a nostalgia...

Beijinhos e bom fim de semana!

quarta-feira, novembro 22, 2006

Há luxos...





...que são verdadeiros Luchos!
(ou será ao contrário?)

terça-feira, novembro 21, 2006

Somos pelos cães /Pedigree )



Para quem não consiga ver o vídeo ou ouvir o som, deixo as legendas:

Somos pelos cães.
Muitas pessoas são pelas baleias, outras pelas árvores, nós somos pelos cães.
Os grandes e os pequenos;
Os cães de guarda e os engraçadinhos;
Os cães de raça e os rafeiros;
Somos pelos passeios, pelas corridas e pelas brincadeiras;
Por escavar, coçar, cheirar e buscar;
Somos pelas casas para cães, portas para cães e dias de cão;
E por isso trabalhamos para os fazer tão felizes,

como eles nos fazem a nós

Apetece-me ir ali dar uma volta...

...a Londres ou a Bucareste...

...coisa pouca...

...do tipo "vou ali, já volto!"

________________________________
Qualquer semelhança com a realidade é PURA coincidência!!!

O dia hoje está a correr bem!

Só é pena a Andreia Gaita não ter feito as previsões astrológicas para hoje....

Enfim... servem as de ontem. Ou serão as da semana passada?

(clique para aumentar)

segunda-feira, novembro 20, 2006

É tão bom quando...

...nos confirmam a recepção de um e-mail sem termos de pedir, nem telefonar mil quinhentas e cinquenta e duas vezes para falar com o Sr. Dr. ou a Sra. sua secretária...

Tic-Tac-Tic-Tac

À conta destas ervilhas senti o dito relógio voltar a tocar...e não estou a falar do despertador!

domingo, novembro 19, 2006

Memo cultural para os mais novos e não só...

O Chapéu Mágico, de Carlos Correia

O espectáculo começa "ainda antes de começar", no hall de entrada e ao som de rufar de tambores... As crianças e os adultos são convidados a entrar, seguindo os dois actores que auxiliam a entrada e a distribuição dos lugares.
"Anda cabem 30 pessoas ao colo"-diz um dos actores. As crianças já riem e o espéctaculo ainda nem começou.
Apagam-se as luzes e a primeira coisa a ouvir-se é o choro inconsolável da Carabela que, está muito triste pois perdeu o seu chapéu. A partir daí esta menina "fantoche-de-corpo-inteiro" e os seus amigos: Lindosinha, Cabeçadas Matulão, Sacadentes Jeitosinho, Acácio, o Macacácio e um papagaio "meio-louco-meio-marciano" vão descobrir juntos os segredos da magia e da amizade... e tudo isto por causa do desaparecimento de um chapéu mágico.
Nós (eu e a sobrinha, que está a ajudar-me a escrever este post) já fomos ver e adorámos! Não percam a oportunidade de ir até à Malaposta assistir também!
Mais informações aqui.

sexta-feira, novembro 17, 2006

The Gift - Facil de Entender



Talvez por não saber falar de cor, Imaginei
Talvez por não saber o que será melhor, Aproximei
Meu corpo é o teu corpo o desejo entregue a nós
Sei lá eu o que quero dizer, Despedir-me de ti
Adeus um dia voltarei a ser feliz

Eu já não sei se sei o que é sentir o teu amor,
não sei, o que é sentir, se por falar falei
Pensei que se falasse era fácil de entender


Talvez por não saber falar de cor, Imaginei
Triste é o virar de costas, o último adeus
Sabe Deus o que quero dizer

Obrigado por saberes cuidar de mim,
Tratar de mim, olhar para mim, escutar quem sou,
e se ao menos tudo fosse igual a ti

É o amor, que chega ao fim, um final assim,
assim é mais fácil de entender

_______________________________

O ser humano é assim, ou complica demasiado as coisas ou acha que elas são fáceis de mais... a verdade é que nem sempre a falar a gente se entende...o amor nem sempre é "fácil de entender".



quinta-feira, novembro 16, 2006

"O mundo dos homens não está feito para os cães"

Timbuktu, no Teatro da Trindade até 3 de Dezembro

Um cão que seguiu o seu dono, um dono que falava com o seu cão.
O dono morre, o cão fica.
Os dois voltam a encontrar-se em Timbuktu, no paraíso das almas. Sim, porque os cães têm alma e "morrer não é nada do outro mundo". Não deixem de ir ver, de rir e de se emocionar...


"Quando um homem é demasiado grandioso para o mundo que o rodeia se calhar é inevitável ter de partir. Para Timbuktu."

terça-feira, novembro 14, 2006

Das Moleskine

Definitivamente a melhor invenção a seguir à roda!


E o Van Gogh que já o sabia há tanto tempo...

The sketchbook of Vincent van Gogh (1888–1890)
Kept in the Van m of Amsterdam GoghMuseu

segunda-feira, novembro 13, 2006

E algo...

...de mais literário aqui

(ou isso...ou outra coisa qualquer!)

quinta-feira, novembro 09, 2006

Conversas que desencadeiam reflexões (e vice-versa)

O ciúme é um tema que mesmo debatido e sobre ele reflectido vezes sem conta, continua a dar sempre que falar.
Para não correr o risco de me vir a repetir futuramente, decidi registar fragmentos que recolhi de duas situações tão semelhantes e ao mesmo tempo tão distintas, que em poucos dias conheci.
Que o ciúme é uma doença crónica do coração e da alma, penso estarmos todos de acordo, mas poucos são aqueles que o assumem como consequência do acto de amar. Achamos “morrer de amores” mas na verdade é o ciúme que nos “mói e vai matando por dentro” – e também a saudade mas esse é tema para outro post – é também o ciúme que, simultaneamente, destrói e fortalece relações, é ele que “queima” o nosso coração e é ele que nos faz lutar por quem amamos. Porém, é também culpa do ciúme o maior sofrimento de quem ama e não é amado, vendo o amor tão desejado correr numa direcção que não é a sua… e é responsabilidade dele o instinto de possessão que nasce no ser humano (que é o ciúme ao quadrado) e que faz morrer muitos passarinhos que não aguentam as grades das gaiolas…
Pedir o amor sem ciúme é como pedir rosas sem espinhos: há sempre algo de artificial no processo; aprender a dominar o ciúme é quase tão difícil como aprender a dominar o amor, qualquer um deles pode aumentar quando lhe apetece e aparecer sem se anunciar.
O ciúme é genético, nasce connosco e, quem afirma que nunca o sentiu memorize que ele é como as alergias: só as descobrimos em determinadas épocas da vida…

…e dão cá um comichão!

quarta-feira, novembro 08, 2006

Factos disparatados (e reais) num só acto!

Local: Centro de saúde
Hora: 11 da manhã (e picos)

Personagens: A "Sra. do atendimento" (doravante designada SRA)
O "Sr. Supervisor da Sra. do atendimento" (doravante designado SR SUP)

Figurantes: Eu (moi même)

EU- Bom dia, eu precisava de uma ficha de contacto esporádica.
SRA - (não consigo definir a expressão de incompreensão que me mostrou)
EU - Sabe, a ficha que se faz quando temos de ser atendidos num centro de saúde no qual não estamos inscritos.
SRA - (a mesma expressão mas desta vez direccionada ao SR SUP)
SR SUP - Uma esporádica mulher!
SRA - Ah! Claro!
Eu - (o que é que eu não disse?)
SRA - O seu cartão de utente por favor.
Entreguei-lho
SRA- A sua morada?
Ditei-lha
SRA - E agora?
EU- Desculpe?
SRA - E agora? (desta vez uns quantos decibéis acima)
EU - Sim?
SR SUP - Enter e a seguir F4
SRA - E depois?
SR SUP - Ctrl + P
Devolve-me o cartão
SRA - Não deu... empreste-me o cartao outra vez...
"Emprestei"
SRA - Enter-éfe-quatro e depois?
EU - Controle-pê
SRA - Já sai daqui a saber alguma coisa...
EU - (porque será?)
SRA - Qualquer dia vem para aqui trabalhar!

Boas piadas as dela...

segunda-feira, novembro 06, 2006

Miscelânea de anúncios...

"Ele há coisas fantásticas não há?" E este anúncio é uma delas...

Olá...AINDA está aí alguém?

Acusam-me os meus fãs de já não escrever posts.
...

Bem… eu não tenho propriamente fãs.

errr...

OK, acusam-me alguns dos meus amigos.
...

Pronto, ninguém me acusa a não ser a minha própria consciência que grita bem alto: “Boa táctica essa de pores vídeos no blog e um ou outro comentário… e os teus fãs? O que é que eles vão achar desta traição?” (Pronto…isto já sou eu a inventar!)
A verdade é que tenho muitos e bons motivos para não escrever, quer dizer, não são lá muito bons e verdade seja dita também não são muitos, para ser mais objectiva são alguns, para ser mais exacta são dois.
Primeiro: Falta de tempo. Sim, eu sei que se arranja sempre tempo para aquilo que se gosta… Ainda no outro dia estava em casa de um amigo, que também escreve uma coisas (cujo nome não vou revelar pois nunca conheceriam) e vi que todo o universo dele gira em torno da escrita, desde a decoração da casa, aos horários que estipula a si próprio, ao estado de humor… a verdade é que ele vive do que escreve, algo que se eu tentasse fazer talvez me deixasse na miséria…
Segundo motivo: Os transportes públicos andam incrivelmente cheios, o que transforma as minhas viagens outrora passadas sentada e a escrevinhar posts – únicos minutos livres do dia – em viagens do tipo “sardinha-em-lata” – e em tempo livre desperdiçado.
Conclusão deste pensamento tornado público: Para escrevinhar este post (na passada quinta-feira) tive de deixar passar um autocarro a abarrotar de gente, aguardar pelo próximo e assim escrevinhar os primeiros parágrafos SENTADA; para escrever os seguintes, percorri três carruagens do metro até achar lugar; tendo chegado a casa sentei-me para o terminar a fim de não perder o fio condutor do assunto (seja lá qual ele for!)
Aos meus fãs: espero estar desculpada
À minha consciência: o meu muito obrigada pelo aviso!