quinta-feira, dezembro 28, 2006

Não deveria ser o amor de mãe/pai um amor incondicional?

Hei-de amar os meus filhos incondicionalmente.
Hei-de amá-los mais do que possa amar qualquer outra pessoa.
Hei-de dar-lhes colo quando pedirem, hei-de protegê-los sempre, hei-de fazer tudo para que sejam sempre felizes.
Que se lixem as teorias de que as crianças super-protegidas não se tornam autónomas!
Não me importa que estudem e não saiam de casa antes dos 30… não me importa que acreditem no Pai Natal.
Não lhes vou guardar rancor nem irei amá-los menos se o meu amor não for retribuído.
Ter um filho é comprometer-se a dar-lhe todo o amor que se tem sem exigir nada em troca.
Hei-de dar e voltar a dar sempre tudo de mim.
Incondicional é definido no dicionário por “que não depende de condições, que não é condicional; absoluto, total”
Quero que acreditem no país onde vivem o maior tempo possível. Não quero que aos 20 anos percebam que a vida não é cor-de-rosa. E que sofrer é inevitável.
Quero prolongar-lhes os sonhos até o mais tarde possível.
Quero amar os meus filhos IN CON DI CIO NAL MEN TE.
Não quero lembrar-lhes todos os dias o mal que fazem ou que fizeram.
Quero saber apagar sempre os seus erros da minha memória.
Um filho não é um homem com que nos relacionamos, um colega com quem nos envolvemos.

Um amor fortuito que podemos castigar e descartar.

Um filho é um amor para a vida inteira.

sexta-feira, dezembro 22, 2006

Um Santo Natal para todos!


São os meus mais sinceros votos a todos aqueles que amo,
Aqueles que vejo todos os dias, aqueles que vejo às vezes
Aqueles que conheco mas nunca vi... (havemos de nos ver em 2007!)
E a todos aqueles que não conheço mas que um dia conhecerei...

A todos aqueles que estão sempre no meu coração desejo que no sapatinho encontrem muita saúde, muito amor e muitas alegrias!

Feliz Natal!

Beijinhos, Rute

PS-Há muito tempo que não vos punha a cantar...risos...

sexta-feira, dezembro 08, 2006

sete euros e uns trocos...

...foi o suficiente para me tirar a vontade de escrever um post sobre a simpatia e o espírito de Natal.

Até parece que estou a ver a cena em "rewind": Eu a sair do metro, a ver o autocarro ao longe, a correr para não o perder e, no meio de uns valentes saltos para não mergulhar nas poças da estrada, o porta-moedas a saltar do bolso e a ficar caído no alcatrão.

Até pode não ter sido nada disto, mas isto é o mais provável e já era a segunda vez que acontecia numa semana, só que da primeira vez alguém viu e veio atrás de mim para o devolver...

Ao menos espero que os sete euros sirvam para algo útil e realmente necessário e já agora que conservem o porta-moedas que é (ou era) tão giro...

quarta-feira, dezembro 06, 2006

Como está o cinema português ou a quantas andamos no que diz respeito à sétima arte lusitana?

O cinema português está mal e “re-comenta-se”*. “Re-comenta-se” porque é justamente por estar mal que se aponta como exemplo a não seguir (especialmente no estrangeiro onde tudo vai sempre bem e se recomenda). Se o estado da cultura é reflexo do país (e eu acredito piamente nisso) e enquanto a qualidade do que se produz estiver dependente do património que se tem (ou não), que podemos nós esperar senão trabalhos que se classificam de medianamente bons ou razoavelmente maus?
Claro está que me lembrei de falar deste assunto pois foi tema debatido hoje, no jornal “O Metro” e, sendo que a opinião geral já estava apresentada e alguns profissionais já tinham exposto o seu ponto de vista, achei por bem dar a conhecer o meu. Quem não estiver com interesse nisso poderá simplesmente parar de ler o post aqui, o resto é palha e eu juro que não me zango... até ajudo: no canto superior direito está uma cruz, viram?

Para aqueles que ficaram, é mais ou menos este tipo de abandono que a produção cinematográfica portuguesa sente: Há quem leia “Coisa Ruim”, realização Tiago Guedes e Frederico Serra, estreia a 2 de Março de 2006; há também aqueles que lêem “Coisa Ruim”; e finalmente os que lêem “Coisa”, percebem que é português e apressam o passo.
No artigo do jornal “O Metro”, uma das razões mais apontadas para o fracasso da produção nacional é o guião (para clarificar ideias, estamos a falar daquilo que guia o filme). No entanto, eu não creio que o problema esteja nos guiões dos filmes que por muitos são considerados “pobres”, com “falta de estilo” ou então “fraco em ideias” (isto referindo-se ao cinema português no geral). Depois existem aqueles que acham que aproximar os guiões com a vida e o dia-a-dia do público é a solução, ora vejamos:

“O Crime do Padre Amaro” foi o filme português mais visto de sempre… assusta-me que haja muita gente por aí à solta a identificar-se com ele.
O “Alice” fala do tráfico de crianças que é uma realidade actual, público? 375 mil espectadores abaixo da Soraia Chaves e do Jorge Corrula.

“Filme da Treta”, 271 614 espectadores. Identificamo-nos assim tanto com o Zezé e o Toni?
“Esquece tudo o que te disse”, o drama dos divórcios, das traições e das relações incestuosas. Acho que a maior parte DA PARTE que olhou para o cartaz, leu a primeira palavra e esqueceu.

Depois há quem diga que não entende os filmes, que são demasiado complexos ou abstractos, o que só por si podia ser um passo em frente se quem não entende fizesse um esforço por entender (aí rejubilaríamos de alegria: “Ena! Alguém a fazer um esforço cultural!”). Mas o que acontece àqueles que foram por engano ver o “Transe” da Teresa Villaverde e saíram de lá aos papeis? Acham que voltaram para rever o filme ou compraram a edição em DVD? Não só não o fizeram como devem ter “re-comentado” a todos os amigos, assim algo do género: “Não pesquei nada do se passou ali mas olha, há uma parte em que a gaja se despe e o Tim, aquele dos Xutos aparece junto à lareira”.
Então afinal o que é que falta ao cinema português? Mais asneiras? Mais sexo? Mais parvoíce? Mais violência? Querer-se-á mais drama? Mais tragédias? Devíamos também nós ter feito um filmezito ou dois sobre o World Trade Center? Deveria o cinema português passar a chamar-se cinema americano em Portugal? Ou só cinema americano, já que ser português é cada vez mais visto como ser doente crónico?

Na minha opinião, a raiz da cultura, que seriam as pessoas cultas, é a raiz do problema que não deixa que a produção cinematográfica cresça. Um cidadão que não ama o seu país, dificilmente amará a sua cultura pois ambos são reflexo constante um do outro. Cultura pressupõe dedicação de um povo à sua arte numa entrega mútua; a cultura já é suficientemente pisada pelo governo e pelas instituições públicas e não precisa de ser tão “re-comentada” pelo público.

Espero o dia em que possa abrir o jornal e ler

“O Cinema Português está bem e recomenda-se".


*Re-comentar (Neologismo de minha autoria) – Acção de comentar em tom depreciativo.

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À amiga Gina: obrigado pelo empurrão. Mesmo assim acabei de escrever o post às 0h52m... mas ainda vou a tempo não vou?
À meia lua: não interessa como chegaste mas o teres chegado! Volta sempre, serás sempre bem-vinda!

terça-feira, dezembro 05, 2006

Post-It

(Hugh Laurie) Afinal ele sorri!

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e é um dos culpados de eu nunca me deitar a horas decentes...