Não deveria ser o amor de mãe/pai um amor incondicional?
Hei-de amá-los mais do que possa amar qualquer outra pessoa.
Hei-de dar-lhes colo quando pedirem, hei-de protegê-los sempre, hei-de fazer tudo para que sejam sempre felizes.
Que se lixem as teorias de que as crianças super-protegidas não se tornam autónomas!
Não me importa que estudem e não saiam de casa antes dos 30… não me importa que acreditem no Pai Natal.
Não lhes vou guardar rancor nem irei amá-los menos se o meu amor não for retribuído.
Ter um filho é comprometer-se a dar-lhe todo o amor que se tem sem exigir nada em troca.
Hei-de dar e voltar a dar sempre tudo de mim.
Incondicional é definido no dicionário por “que não depende de condições, que não é condicional; absoluto, total”
Quero que acreditem no país onde vivem o maior tempo possível. Não quero que aos 20 anos percebam que a vida não é cor-de-rosa. E que sofrer é inevitável.
Quero prolongar-lhes os sonhos até o mais tarde possível.
Quero amar os meus filhos IN CON DI CIO NAL MEN TE.
Não quero lembrar-lhes todos os dias o mal que fazem ou que fizeram.
Quero saber apagar sempre os seus erros da minha memória.
Um filho não é um homem com que nos relacionamos, um colega com quem nos envolvemos.
Um amor fortuito que podemos castigar e descartar.
Um filho é um amor para a vida inteira.